Tenha uma boa noite

Estou sentindo um frio.
Ele está na barriga.
Ultimamente presente.
Engraçado.
Dou risada do nada.
Está tudo colorido.
Mais vivo, mais vida.
Penso.
Lembro.
Olho.
Fecho os olhos.
O frio ainda está na barriga.
Maluquice!

Acho que foi uma engenhoca que projetou a minha mente.
Ela chama de pensamentos e ilusões quando me entrego, e isso pode ser real ou decepção. Quem não se arrisca, não descobre onde está guardada a flor que tantos procuram, aquela que alguns chamam de amor. Esse amor pode não estar contido em um significado poético, assim como o amor que matou Romeu e Julieta, pode ser diferente do que tenho em minha mente.

O lóbulo direito do meu cérebro está confundindo as coisas. A rua é à direita, e eu vi ao contrário. Vi peixes nadando contra a maré, tentando respirar o oxigênio da atmosfera. O foguete se lançou para o mar, em busca de um universo distante.

Meus desejos que me levam a qualquer lugar. O mundo está se consumindo num ritmo muito instigante, até parece que todos nós estamos trabalhando juntos pelo buraco negro.
Isso seria a salvação?
Onde estará a salvação?

O frio na barriga continua.
Parece um presente.
No meio de tanta gente, nesse tumulto, de repente...
Algo me atinge.

Vou até um livro.
Vou até uma página.
Vou até um pensamento.
Vou até algum lugar.

Psiu, silêncio!
O que você escuta?

Olhando lá fora, você pode ver o que quiser, pode ser o que quiser, e pode deixar que encontrem em você uma garantia de felicidade. Mas os outros precisam saber que garantias de felicidade não valem como título capital, e que qualquer um, de escravo a nobre, de Lúcifer a Gabriel, pode cruzar o seu caminho e oferecer uma garantia dessas. Aí já era!

Tenha uma boa noite, e só.