terça-feira, 17 de agosto de 2010

Poema das seis luzes

Seis luzes piscando.
Som quase estourando.
Livros sobre a mesa.
Sem recordar o passado.
Caneca de plástico.
Retratos na estante.
Pode ser uma nota de um dólar,
E um olhar de diamante.

Encaro o espelho,
A cama não me quer.
Despertador do celular ligado.
Foto da minha mulher.
Não estou nem aí,
Faço como eu quiser.

Tudo passa lentamente.
Preciso de salvação.
Isso é tão estranho,
Não sei se é escuridão.

O som é para hipnotizar.
A cor é do amanhecer.
Vamos todos sonhar,
Porque eu não vou esclarecer.

Onde os monstros estão dormindo?
Não quero nem pensar.
Feche bem os olhos,
O que eu quero é te amar.

Vamos nos amar,
Eram só seis vagalumes passando...

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