segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Enquanto o sono não vem

O desejo de dormir
Pode lhe custar uma noite inteira.
É melhor esquecer um pouco,
Tentar dormir.

O eixo esquerdo da Terra
Pode jogar você para o direito.
Fique invulnerável,
Desista de desistir.

A sua opção é muito importante,
Ela decide o seu exato caminho.
Enquanto você decide falar sozinho,
Alguém sente o silêncio.

O norte sempre aponta para o alto,
E o alto é o destino do sul.
A idéia escorre para baixo,
E voa alto para encontrar você.

Indiferença não me alimenta,
Não faço questão de favor.
Prefiro quebrar a rotina,
Cavar até encontrar o calor.

O lago de lá tem carpas.
O lago de cá tem flores.
A água de lá é barrenta.
A água de cá tem nós dois.

Eu só faço o que é bom,
O que me permites fazer.
Você me fortalece,
Me faz querer vencer.

Se eu te ofereço segredos,
Não quero pecados em troca.
E quando estivermos juntos,
Por favor, não atenderemos recados.

Não precisa me deixar agora,
Nem depois do sinal.
A causa do objetivo,
É o processo fundamental.

A vida cheia de cor é bobagem,
Tudo limpo também faz sorrir.
Não espero nada além de coragem,
Mostre do que é capaz.

Se for, vá e faça direito,
Do jeito que tem que ser.
Aqui já habitou um estranho,
Que acabou de vencer.

Ei, estranho!
Sabia que você sou eu?
Ficou aí no silêncio,
O dia amanheceu.

Ficou pensando em qualquer coisa,
Depois esqueceu de relembrar.
Seguiu as horas,
Até o relógio tocar.

Não seja tolo de ficar lendo isso,
Vai dormir enquanto é noite.
Se não conseguir parar,
Açoite.

Dormir é intervalo,
Entre a estrada e o trevão.
Pois um é o caminho,
E o outro a direção.

Seu gosto é de desgosto,
Não deixarei de provar.
Mas há de haver um novo gosto,
Porque aqui é seu lugar.

Por aqui encerro,
Tô pensando em alguém...

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