Sistema de cotas

A Câmara dos Deputados aprovou na quinta-feira passada o projeto de lei que reserva metade das vagas de universidades públicas federais para estudantes que cursaram o Ensino Médio em escolas públicas. Essa cota será dividida por critérios sociais e raciais. Simbolicamente, a proposta foi votada no dia em que parte do país comemora o feriado do Dia da Consciência Negra. O projeto tem ainda que passar pelo Senado, antes de receber o crivo do presidente da República.

"A Câmara faz justiça à escola pública e ao combate à discriminação, com ação afirmativa", declarou durante a sessão o líder do PT na Casa, deputado Maurício Rands (PE). Para o deputado Paulo Renato de Souza (PSDB-SP), ex-ministro da Educação, a proposta é um avanço. O tucano destacou durante o debate sobre o tema, entretanto, que o Ministério da Educação terá de regulamentar a matéria a fim de assegurar o equilíbrio entre os critérios racial e o de renda.

Segundo o projeto aprovado, metade dessas vagas reservadas será destinada aos alunos cujas famílias viverem com renda per capita de até 1,5 salário mínimo, ou cerca de 622,50 reais. A outra parte será preenchida por negros, pardos e índios. A divisão das vagas será definida de acordo com o perfil racial de cada Estado, e a seleção dos alunos se dará pelo rendimento escolar. Os mesmos critérios serão empregados para o preenchimento de vagas nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Nesse caso, entretanto, os aspirantes às vagas precisarão ter cursado o Ensino Fundamental em escolas públicas. Se o projeto for sancionado com o texto atual, essas instituições de ensino terão até quatro anos para cumprir as novas regras. Isso tudo eu li na Reuters.

Agora eu questiono, cotas são mesmo necessárias? Eu sou totalmente contra o sistema de cotas, vamos por partes. Cotas raciais: O negro se diz menosprezado e rebaixado perante a sociedade, que para um negro é difícil arrumar emprego, que é difícil um negro chegar em um cargo superior em uma empresa onde geralmente só os brancos conseguem, mas isso ai de cotas eles aceitam sem reclamar de nada, quando o certo seria reclamar pois é um modo de preconceito também, estão de uma forma mais branda sendo chamados de incapacitados, ai que teriam que reivindicar e falar que não precisam disso para prova o seu valor, quem sabe com muito esforço conseguiriam a igualdade. E vai haver problemas também, porque sabemos que muita gente diz ser negro ou pardo só para usufruir das cotas, quando não são nem negros e nem pardos.

Quanto as cotas sociais eu não sou totalmente contra porque acho que o governo não vai dar vagas para mal alunos, e que nessas escolas públicas existem muitas pessoas que dão valor ao estudo mas a escola não lhes proporciona nem metade do que uma particular proporcionaria, então esse aluno fica para trás sem ter culpa nenhuma, então com essas cotas os alunos terão mais chances de competir para entrar nas universidades, assim amenizando a desigualdade. Muitos desses alunos que são menos favorecidos tem que começar a trabalhar cedo para bancar os estudos e até a família, e na hora de estudar tem que se aplicar o dobro, triplo talvez até o quádruplo e ainda sozinho, isso é desestimulante para o aluno, então isso já virou um círculo vicioso onde só os alunos mais favorecidos chegam sempre à frente. Então acho que não dá para tratar desigualdade com igualdade, por isso não sou totalmente contra as cotas sociais.