quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Noite

Pego meu isqueiro, acendo um cigarro... Olho para o céu, medito diante daquela imensidão.

Imagino coisas, crio respostas para perguntas sem fundamentos. Penso na vida, em como tudo está, para que rumo tomaram as minhas idéias e certezas, que hoje são mais incertezas do que tudo.

Deito e encosto naquele chão gelado e abro as portas para que as idéias venham e para que a incerteza vá embora. É fácil botar a culpa em tudo e todos e apenas fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo, quando realmente tudo está se passando diante do seu próprio nariz e você nem se da conta disso.

É fácil mentir para si próprio para não deixar o orgulho de lado e voltar atrás e admitir que errou e não aproveitou quem sabe a maior chance de amor que você já teve na vida.

Já tocando no assunto de amor, é fácil achar amores e amores por ai, é fácil sentir paixão por alguém, assim como é fácil sentir amor. Mas demonstrar que é difícil né.

Começo a ficar com frio e vou em direção ao meu quarto... Pego meu violão e fico arriscando umas notas aqui, outras ali, e com meu jeito nem um pouco afinado de cantar, canto uma canção pensando que ela poderia estar ouvindo.

E assim fico até que com a cabeça cheia de coisas, porém mais leve do que antes, posso ir ao banheiro escovar os dentes e depois coloco a cabeça no travesseiro e sonho, imagino, penso até o sono me vencer.

Um comentário:

Anônimo disse...

Obrigado pela visita no meu blog.

Bem sóbrio o seu blog. Gostei muito do testo "A Ilusão da Paixão". vc escreve muito bem...

Abraço!