quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Ah... A escola

É incrível como o tempo passa depressa e quando percebemos a escola não faz mais parte de nossas vidas. Deixamos de ser alunos num estalar de dedos. Ufa, não teremos mais que ouvir o barulho do sinal, ah, até que não era tão ruim assim...
Quando nos tocamos e caímos na real, bate uma saudade. Dá aquela sensação de perda em relação àquele tempo que não volta mais e também um certo alívio. Mas convenhamos o alívio é maior do que a saudade.

Parece que foi ontem o meu primeiro dia de aula. Afinal, quem não se lembra do primeiro dia de aula? Experiência nova, choro no portão, saudade dos pais, medo do desconhecido, tanta gente estranha.
Mas com o passar do tempo você fica expert nessa experiência, que agora já não é mais um bicho de sete cabeças. O desconhecido que ficou divertido. Mas como tudo que é bom dura pouco, começa-se a perceber o que realmente é a escola. Apelidos surgem, desavenças com os colegas, bilhetes de professores para os pais...

Começam a aparecer aquelas figurinhas clássicas: A menina rica e mimadinha - que costuma humilhar todos; O bagunceiro - que por mais que queira sentar no fundão nunca consegue, pois a escola sempre o proíbe; O engraçadinho - que muitas vezes não tem graça nenhuma e sempre faz de tudo para chamar a atenção de todos; O bajulador - que era aquele que trazia a maçã para a professora tentando tirar uma nota melhor, o que nunca dava certo; O CDF - que ficava popular nas épocas das provas; O tímido - que ouvia zoação sem coragem de se defender; Os sem personalidade - que seguiam a menina rica e mimada, que seguia os bagunceiros; Os invisíveis - que eram os normais por isso não se destacavam; E por fim, o bajulador metido a CDF - que estudava muito para tirar notas boas e depois saia perguntando a nota dos outros como argumento para dizer a sua própria nota e se gabar por isso.

Ainda como se não bastasse todas essas coisas, ainda tinham as provas, que sempre foi abominada pelos alunos, porque se não obtivesse sucesso nelas, além de sentimento de fracasso, isso significava férias pela metade. Mas para que isso não acontecesse surgiu a prática da cola, que para uns era a última esperança, e para outros um método.
A escola tinha o momento da prisão (ou quase isso), porque para tudo tinha que ter permissão, até para ir ao banheiro. Mas felizmente tinha o momento de liberdade, que se chamava recreio, nossa como isso era bom, mesmo isso significando uma fila gigante na cantina era ótimo. O cantinho onde se ficava com os amigos, a comida (ou melhor, salgado típico que sempre se comia), o refrigerante, e por fim o maldito sinal seguido da sensação de prisão novamente.

Antes que me esqueça, não posso falar de escola sem falar de professores, que no primário eram as "tias" que eram quase parte da família, que no final do primário se tornavam professores, que ou a gente gostava ou odiava, se a nota fosse boa, era o professor amado e querido, já se fosse ruim era o odiado o carrasco, já a nota dependia disso.
Indiscutivelmente a figura mais temida, depois da prova é claro, sempre foi a do diretor ou diretora, pois só se tinha acesso ao diretores quando ia ser punido por ter feito algo errado.
A escola foi muito importante em minha vida, pois se não eu não estaria escrevendo agora. No entanto, sinto-me muito feliz de estar livre disso tudo.

Um comentário:

Bixo disse...

Cara, muito legal o post... tbm tenho +- esse sentimento em relação a escola... mas no meu caso a saudade é mais forte, principalmente do colegial onde fiz grandes amigos, conheci exelentes professores e me diverti muito.
Acho q esse sentimento é reforçado pelo cursinho tbm que tem a parte dificil sem tanta farra qto na escola hehe

Mto bom o texto em si tbm!

passa lá se tiver afim:
http://rocknhowl.blogspot.com/

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