sábado, 19 de junho de 2010

Escudo de Aquiles

Porque nada em vez de alguma coisa?
Porque outra coisa e não isso?
Eu ou outro?
Viver ou morrer?
Assim ou diferente?

Mais ninguém para ser salvo,
E você continua sendo a minha salvação.
Prefiro mostrar todo o mal
Do que esconder o bem que faz.

Quem aqui tem mais moral.
A esquerda não precisa da direita.
Alguém sempre precisa de alguém,
Mas parece que você não precisa de mim.

A minha inteligência não mostra que sou egoísta,
E sim o quanto sou.
Dignidade não é exatamente tudo,
É só aquilo que não está à venda, não tem preço.

Se tudo se vende, é porque nada se vale.

Um gosto de cansaço. Um gosto de decepção.
Um gosto de verdade. Um gosto de paixão.
Um gosto de morte. Um gosto de solidão.
Um gosto de vaidade. Um gosto de angústia.

O cérebro é um bom juíz.

Não morremos uma vez só, morremos várias vezes.
Aquele que eu era ontem, hoje está morto.
Cada um leva consigo o cadáver que quiser.
Os amores antigos jamais retornarão.

"SE" não é real.

Várias coisas são decepcionantes.
Não iremos mais nos importar,
Um dia vamos amar por amar,
E não mais por algo que sempre esperamos.

Toda esperança é decepcionante.
Felicidade é inesperada,
Não é planejada.
O planejamento é burro.

A vida não pode ser uma utopia.
Vida tem gosto de felicidade,
Felicidade tem gosto de desespero.
A vida é o conjunto de funções que resistem a morte.

Hoje sou um escudo de Aquiles,
Luto para um dia não precisar mais lutar.

Um comentário:

Lectícia, disse...

Estava com saudade de ler seus textos grandes como esse, sabia?
Obrigada pela oportunidade de poder lê-lo, gostei muito. Tá de parabéns, heim, txuco.
Beijo grande, te nhamo ;**