segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Efeitos

Anjos habitam esse lugar,
E se você pensar,
Não da nem pra explicar.
Sons, luzes...

Sete mares eu vou atravessar,
E enfim encontrar a paz.
Sete penas de galinha eu vou doar,
Para a bruxa parar de me assombrar.

Há pouco o sentido foi perdido,
O reto ficou torto,
E o certo ficou errado.
Sons imaginários...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Pode achar que não sei

Falo?
Não falo?
Não vou fingir não querer dizer nada.
Não dou uma falsa chance.

Você com suas coisinhas meigas, torna-se um completo imbecil, é o esboço do covarde que eu sempre imaginei. Podia pegar suas palavras, juntar com sua insignificância e se mandar daqui, não vai fazer falta, ninguém vai sentir saudade, ninguém! Não preciso ter contato com nada que é vindo daí, mas sei que você ronda sempre por aqui, lendo, se irritando, me irritando, querendo ser eu, desejando estar onde estou, ou então acabar comigo. Mas a sua coragem não é grande o bastante para fazer algo, é melhor se calar e ficar escrevendo indiretas, quem sabe assim se sente menos insignificante.

Faz-se de bonzão, sabe como usar o que aprendeu, da uma de pseudo-intelectual, mas não passa de uma bicha enrustida, é isso mesmo, uma bicha enrustida. Foda-se se isso é ofensa, foda-se se eu perdi o respeito, foda-se você. Continue achando que eu não sei quem é você. Um dia quero ter o desprazer de te encontrar, vou dizer a verdade, somente a verdade, e depois te arrebentar com um soco no nariz, aí quem sabe você não dorme feliz.

Otário!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

De noite

A noite dorme silenciosa.
O vaso sanitário dorme silencioso.
A pia da cozinha dorme silenciosa.
O telefone dorme silencioso.
A cachorra silenciosa com seus olhos fechados.
O carro está estacionado.

A noite está no seu ritmo normal, silêncio.
No fogão, nada está sendo aquecido.
A geladeira está meditando.
Meus olhos estão atentos.
Meu pensamento é abrigo.

A TV está fora do ar.
O rádio se calou.
A máquina de lavar parou.
Os calçados estão descansando em seu canto.
Tudo está trancado.
O violão está calado.

Aquele sino está sem badaladas.
Brisa morna nas árvores e flores.
O céu não brilha em vão.
Estamos aqui...

Eu e meu pensamento.